sábado, 31 de janeiro de 2009

AS MELHORAS... O VIGARISTA…

As melhoras da constipação são muito reduzidas, mais pelo motivo de que eu não consigo estar na cama muito tempo, o corpo dói-me e torço-me todo com os arrepios, a febre já desceu um pouco, mas estou esperançado que passará este fim de semana, pois o trabalho está a acumular demasiado.
Mas vou falar de outra coisa que acho que todas as pessoas têm em comum.
Ora bem, todas as pessoas têm o seu dia de falta de vontade para fazer seja o que for, a mim se existem dias assim é o cabo dos trabalhos, pois a distancia de perder o bom humor é pequena nessas alturas, vai dai, hoje foi um desses raros dias.
Nunca fui muito mal-educado com ninguém que eu me lembre, por muito que exista uma grande vontade dentro de mim, eu consigo me conter em não divulgar as frases e palavras obscenas que me ocorreram em segundos na mente, se eu as disse-se se calhar quem ficaria mais horrorizado era eu próprio, pois a outra pessoa estaria já habituada a recebe-las diariamente pela forma como se dirigiu a mim.
O que se passou foi que eu fui abordado por uma certa pessoa no Pingo Doce, pessoa esta que já não via faz bastante tempo, esta começou por dizer que precisava falar comigo sobre uma outra pessoa que nós conhecíamos mutuamente, começou logo por dizer que essa tal pessoa tinha ido para a Quarteira numa urgência de familiares e mais umas desculpas quais queres, no meio deste palavreado todo diz que ele lhe tinha emprestado 125 euros e que a outra pessoa tinha lhe dito que eu pagaria essa divida, bastava para isso ele dirigir-se a mim e explicar o sucedido, vai dai eu ao ouvir isto e achar estranho o que estava a acontecer, pego no meu telemóvel e começo a fazer uma chamada para a pessoa minha amiga em causa, até aqui ele não tinha se apercebido para quem é que eu estava a telefonar, mas quando eu digo o nome da pessoa do outro lado da linha, não é que o raio do homem diz-me “vou ali” e põe-se andar com um passo bastante acelerado deixando-me a olhar para aquela figura que já quase não recordava de ver, comentei o sucedido á pessoa do outro lado da linha e descobrimos que não era a primeira vez que ele tinha feito tal patifaria, que ele viaja entre o Porto, Coimbra e Lisboa aproveitando-se de conhecimentos antigos para fazer dessas artimanhas, despedi-me do meu amigo depois de tudo esclarecido e decidi ir tratar da minha vida pois achei que não veria tão depressa tal alma que me tinha dito “vou ali”.
Assim sendo as palavras obscenas que pensei ficaram por dizer.
Cheguei a casa e tratei de arrumar tudo e tentar recuperar da constipação enfiando-me num quentinho sossegado.
As horas foram passando e o jantar teve de ser feito, como tinha comprado linguado, cozi duas batatas e grelhei o peixe o qual reguei com um pouco de molho verde.
Estava na hora do café.

INVERNO EM MIM
É inverno?
Por que choro a sua ausência,
Se a sua presença nunca me trouxe calor?
Por que me consome em saudade,
Se em noites frias,
Não me aqueceu com seu amor?
A solidão ri do meu frio,
E a lua embriagada,
Resplandece devorando os meus sonhos.
E iluminando a rua encharcada…
Com as minhas lágrimas …
As mãos geladas denunciam
O inverno que sinto…
O sorriso cortante,
Apaga o meu brilho,
E me torna inerte assim!
O crepitar da lenha,
E o calor das brasas, que, lentamente,
Consomem o meu corpo,
Não entendem que o inverno se faz intenso,
Queimando dentro de mim!
Autora: Sílvia Trevisani
Vou deitar-me outra vez com o dobro da roupa para suar e deitar fora pelos poros a maldita constipação.
Bem pessoal amigo fiquem bem e cuidado com os amigos do alheio.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

DAS DUAS UMA…

Ó, fico bem depressa ou estou desgraçado para a semana.
Apanhei cá uma constipação, tenho arrepios da ponta dos dedos dos pés, sobe pelas pernas, passa de fininho pela espinha que dá para cantar ais, o nariz e a testa parecem pesar quilos, doem á brava, ainda por cima não consigo estar deitado muito tempo se não vou passar a noite acordado.
Trinta e nove de febre, eu não sou dado a tomar medicamentos, mas desta vez tem mesmo que ser.
Fiquei em casa de molho, para ver se isto amainava, pelos vistos terei de ficar também amanha, pois as melhoras são bastante poucas.
Assim sendo mal consigo abrir os olhos e estar atento a seja o que for.
Como a fome é pouca vou fazer umas torradas, bastante leite e iogurtes.
Mas não posso de deixar de tomar o respectivo café.
Tenho uma Grande Constipação
Tenho uma grande constipação,

E toda a gente sabe como as grandes constipações
Alteram todo o sistema do universo,
Zangam-nos contra a vida,
E fazem espirrar até à metafísica.
Tenho o dia perdido cheio de me assoar.
Dói-me a cabeça indistintamente.
Triste condição para um poeta menor!
Hoje sou verdadeiramente um poeta menor.
O que fui outrora foi um desejo; partiu-se.
Adeus para sempre, rainha das fadas!
As tuas asas eram de sol, e eu cá vou andando.
Não estarei bem se não me deitar na cama.
Nunca estive bem senão deitando-me no universo.
Excusez un peu...
Que grande constipação física!
Preciso de verdade e da aspirina.
Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa
Bem espero que estejam e fiquem bem de saúde, eu vou tentar cuidar da minha, ah, ah, ah.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Entre o sono e sonho

Entre mim e o que em mim
É o quem eu me suponho
Corre um rio sem fim.
Passou por outras margens,
Diversas mais além,
Naquelas várias viagens
Que todo o rio tem.

Chegou onde hoje habito
A casa que hoje sou.
Passa, se eu me medito;
Se desperto, passou.

E quem me sinto e morre
No que me liga a mim
Dorme onde o rio corre
Esse rio sem fim.
Fernando Pessoa

Hoje estou um pouco cansado, amanha conto tudo, sou e estou feliz e é o que desejo para todos vós.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

SER AMIGO À DISTÂNCIA …

Por vezes torna-se difícil ser amigo de alguém a longas distâncias, mesmo que se sinta igualmente um pouco da sua alegria ou da sua tristeza, lamentamos sempre a nossa ausência.
Quando estes se encontram bastante longe de nós, em situações de alegria conta-nos o seu contentamento e tentam divulga-lo com quase toda a exactidão o que se está a desenrolar de momento no seu espírito e mente, esta situação desencadeia uma total euforia, quase impossibilitando que a nossa consciência assimile a totalidade das palavras e o seu significado, assim muitas vezes acompanhamos simplesmente as suas gargalhadas ou simples sorrisos, demonstrando da nossa parte uma sintonia perfeita o que ocasiona uma replica ainda maior por parte dos amigos.
Por fim ficam ambos satisfeitos, eles por entenderem que deixaram mais um amigo feliz com a sua mensagem e o que recebeu esta ficou feliz por saber que os amigos também o estavam.

Mas também existe o oposto que é a transmissão de uma situação de tristeza, esta então que é mais difícil de ser tratada á distancia.
Só o simples facto das suas palavras evidenciarem algo de horrível, que se passou, está a passar ou vai continuar a passar, em qualquer das situações esse problema que está a consumir espiritual e mentalmente uma pessoa amiga, nos deixa logo desolados e impotentes, para tentar de alguma forma consola-la, por mais que replicamos com palavras de conforto e consolo, no nosso intimo sentimos que não é o suficiente para a animarmos, sentimos que temos de ser fortes a lidar com o assunto, mas ao fim de algum tempo no fundo quebramos de alguma maneira também, começando a demonstrar um pouco da nossa tristeza pelo sucedido e a nossa preocupação pelo seu bem estar, isto faz com que se sinta ainda mais triste de nos ter narrado o caso e arrependida
Ai deve-se saber aplicar a nossa verdadeira amizade, para que se sinta mais confortável, no intuito de conseguir arranjar forma para ultrapassar o difícil momento da sua vida.

Bem hoje foi dia de ir jantar com um casal amigo, que depois de eu lhes ter oferecido o almoço, (motivo aniversário) me convidaram para os acompanhar à sua casa.
Mas nunca dispenso o último café em casa.

A qualquer hora em que chegares, sentarás comigo em minha mesa.
A qualquer hora em que bateres a minha porta,o meu coração também se abrirá.
A qualquer hora em que chamares, eu me apressarei.
A qualquer hora em que vieres, será o melhor tempo de te receber.
A qualquer hora em que te decidires, estarei pronto para te seguir.
A qualquer hora em que quiseres beber, eu irei a fonte.
A qualquer hora em que te alegrares, eu bendirei ao Senhor.
A qualquer hora em que sorrires,será mais uma graça que o senhor me concede.
A qualquer hora em que quiseres partir; eu irei frente nos caminhos.
A qualquer hora em que cantares, eu estenderei os braços.
A qualquer hora, em que te cansares, eu levarei a cruz.
A qualquer hora em que te sentires triste, eu permanecerei contigo.
A qualquer hora em que te lembrares de mim, eu acharei a vida mais bela.
A qualquer hora em que partires, ficarás com a lembrança de uma flor.
A qualquer hora em que voltares, renovarás todas minhas alegrias.
A qualquer hora que quiseres uma rosa, eu te darei toda roseira.
Eu te digo tudo isso, porque não posso imaginar uma amizade
que não seja total, de todos os instantes e para todo bem.
Seu Amigo

(Autor Orlando Gambi)

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

QUE RICA TERÇA-FEIRA…

Que nem me deu muito trabalho, mesmo com o tempo cinzento, esta terça foi passada em sintonia com a calmaria do mesmo (tempo), suave e lento, como a chuva miudinha que soprada pela ligeira brisa que durante o dia e principio da noite, esta (chuva) foi molhando os incautos com a sua insistente leveza das gotas finas que ao fim do tempo se acumulavam, criando pequenos charcos de agua pelas estradas e passeios, estes causados pelos excessos de uso ou por alguns maus arranjos, muito á maneira dos nossos bons samaritanos governantes deste País.
O tempo assim puxa para o recolhimento interior, os pensamentos fluem com uma passividade quase anormal, onde as pessoas se deslocam com a cabeça introduzida nos seus ombros, andando caladas parecendo que não existe um Mundo á sua volta, mas sim unicamente os seus cinzentos silêncios.
O ar assim torna-se carregado e tenso ao fim de alguma e significativa apreciação, deixa de ter tanta paz, passa a ter um peso enorme quando se tem pressa de andar, não se avança por se estar ensopado com a humidade, que já começa a entrar nos corpo e nas mentes, deixando as pessoas maçadas com tantas insistências e entraves para que o seu regresso ao seu lar seja feito no menor espaço de tempo.
Por fim nas suas casas o clima é o mesmo, muito ainda motivado pelo seu dia e o próprio sentido de que o tempo continua cinzento e carregado.
Assim sendo um jantar de peixe veio mesmo a cair bem, como tinha postas de pescada, foi mesmo isso que confeccionei.
RECEITA:
2 – Postas de pescada.
3 – Batatas
1 – Cenoura
1 – Brócolos
2 – Dentes de alho.
1 – Cebola pequena.
(qb) de = Sal, salsa, aipo,
1 – Folha de louro.
1 – Fio de Azeite.
PREPARAÇÃO:
Pus um tacho ao lume com água, adicionei um pouco de sal, a cebola cortada ás rodelas. Depois esmaguei os dentes de alho, com a salsa, o aipo, a folha de louro e com o fio de azeite, deitei no tacho em lume médio.
A ferver suavemente, coloquei as postas de pescada e deixei até estarem cozidas, cuidado para não deixar secar as postas, o tempo depende da grossura das mesmas.
Os legumes, batatas, cenoura e os brócolos, foram cosidos á parte.
Depois foi comer só mas fiquei perfeitamente bem com o respectivo café.
Errante
Errando por avenidas infinitas e desertas,
Espaço e silêncio são as recompensas da noite,

A luzes de uma cidade molhada enchem o espelho.
O pântano da rotina urbana fica para trás.
Sonho com pomares forrando a estepe,
Buscando um caminho, ignorando qualquer destino,
Descubro-me a olhar muito para além do rio.
Perdido na memória do teu sorriso incerto,

Quando finalmente paro, estou junto ao oceano.
Um velho amigo, escuta-me os pensamentos,
Sussurrando uma brisa frígida e intransigente,
Faz-me voar para fora do meu labirinto interior,
Tentando-me em emoções refrescantes.
Gentilmente, atrai me para perto de ti,
Devo esboçar alguma resistência?
Autora: M.Daedalus

E chegou mais um dia sem contratempos e desalentos, vivei felizes como eu que me contento com aquilo que me deram e eu continuo a cuidar, SAÚDE.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

PARA INICIO DE SEMANA NEM…

É de estranhar um princípio de semana com tanta paz e harmonia no meu trabalho, em todos os aspectos, foi deveras relaxante e sem os típicos problemas habituais.
Não fiz quase nada, até tive tempo de ir para casa estudar um pouco da matéria em atraso, que já começava a tornar proporções um pouco incómodas, para a minha maneira de funcionar, com os assuntos pendentes da minha humilde vida.
Quase dava conta de todos eles mas ainda não foi possível, mas que dei um grande avanço dei e sinto-me aliviado e satisfeito com o que realizei.
Tive tempo de efectuar com calma os habituais telefonemas ás amizades mais chegadas e aos intervenientes do meu sábado passado, tentando saber como estavam, recebi uma resposta mais ou menos animadora, já não se sentiam tão perturbados, embora os problemas deles continuem presentes.
Eu acho que o tempo e a sua determinação vão ajudar a superar os seus problemas, tal como eu faço com os meus.
Sinto-me bem e fiz um jantarzinho para mim, apuradinho como eu tanto gosto.
RECEITA
3 – Bifinhos de vaca
4 – Colheres de sopa de leite
1 – Colher de Maisena
1 – Lata pequena de cogumelos ás fatias
2 – Dentes de alho médio, sal e pimenta (qb)
? - Arroz branco (á medida do freguês, ah, ah, ah,)
PREPARAÇÃO
Peguei no sal suficiente para temperar os três bifes e coloquei num almofariz pequeno para pisar os dentes de alho com um pouco de pimenta, depois de pisado barrei os bifinhos com cuidado, para ficarem a absorver uns dez minutos o tempero.
Passado o tempo, fritei os bifinhos num pouco de margarina em lume brando, ao meu gosto (mal passados).
Retirei os bifinhos e no molho da sertã, adicionei o leite, a maisena, os cogumelos, mexendo sempre até engrossar o molho.
Comi com o arroz que foi regado com um pouco do molho.
Um jantar maravilhoso, e como sempre algo para acompanhar o café.

Chuva que cai
Cai a chuva suavemente
Pelo vidro deslizando
E eu vejo o reflexo do meu rosto, chorando.
Enquanto minh’alma escuta atenta
Essa amarga voz que em mim nasce,
E meus pensamentos atormenta.
Cai a chuva docemente,
Minh’alma inundando.
Enquanto o meu corpo padece
Com a dor do meu pranto.
Os meus olhos já não querem brilhar,
Somente ao som do meu chorar
A alegria já lá não mora
A tristeza tomou o seu lugar.
Saio à rua pra sentir a chuva cair,
Suavemente sobre mim
Rolam finas gotinhas
E cada uma reflecte em meu corpo
Os suaves tons do arco-íris.
Então danço ao som de uma melodia
Que só eu consigo ouvir…
Fecho os olhos e sinto a chuva que cai sobre mim…
Sinto-me livre
Que estou noutro lugar
Onde tudo é sagrado,
Onde nada me pode magoar…
Cai a chuva torrencialmente,
Meu corpo magoando,
Minha alma dilacerando…
Ajoelho-me e olho o céu, suplicando:
A chuva que sinto, cai lá fora ou dentro de mim?
Auto: Desconhecido
Estou bastante contente, por vezes é um mau sinal para mim, pois não estou habituádo a tanta calmaria, só espero que a tempestade seja breve e fraca quando chegar.
Fiquem em paz e com muita alegria para todo Mundo.

domingo, 25 de janeiro de 2009

ONTEM FOI APOIAR E AJUDAR…

ERA ONDE DEVERIA ESTAR- PARAISO -
Acordar optimamente bem disposto é uma satisfação enorme, algo que nos deixa alegres e com disposição para tudo, logo a um Sábado que ainda é melhor, mas quando se é uma pessoa como eu as coisas podem logo de uma hora para a outra modificar, isto porque muitas pessoas recorrem logo a mim a quando se sentem indispostos, necessitando de atenção para se aliviarem um pouco dos seus tormentos mentais.
Como praticamente todos os Sábados efectuo as minhas compras no Mercado e no Pingo Doce, era nesses lados que sossegado e feliz andava, até que recebo um telefonema do meu herdeiro que habita com a mãe, a dizer que necessitava de enumeras coisas urgentes, coisas que tinham ficado de ser tratadas no próximo mês, depois de algum diálogo entendeu que as coisas não são tratadas com tanta facilidade como se de um estalar de dedos fosse a milagrosa solução, fiquei um pouco incomodado com o caso, mas fui andando, até que outra emergência surge.
Esta da parte da minha Ex., explicou-me que tinha de efectuar uns pagamentos de consumo de gás, electricidade e água, mas que se sentia mal, como as datas tinham passados os limites, se eu a podia acompanhar nos trajectos pois poderia entrar em stress devido á depressão que a consome, eu disse que sim e disse onde me poderia encontrar, só que ela chegou ao pé de mim ás 11 e 30 minutos e a esta hora já costumo estar em casa com as compras arrumadas, mas paciência, convidei-a a ir-mos comer qualquer coisa para falarmos do seu problema, mas ela declinou e preferiu optar por efectuar os pagamentos, lá fomos, pelo trajecto ela ia sempre dizendo que as pessoas só olhavam para ela e de seguida ela própria mirava-se de alto a baixo tentando descobrir algo errado com ela, que não existia exteriormente, mas era algo sim, na sua mente, pois pelo caminho chorava e tremia de tristeza e medo de tudo, tentei-a sossegar e depois de eu pagar as facturas fomos tomar um café.
No café procurei por todos os meios incutir-lhe animo e que a vida merece ser aproveitada, estamos separados faz 15 anos e ela tem tido azar com novos relacionamentos, mas sempre tentei dizer para ela gostar de si própria e encontrar forças para lutar e viver, encontrar um objectivo ajuda imenso para se vencer o desespero e não desejar a morte quando se vê um carro funerário, como aconteceu quando viu um a passar.
Entre muitas outras suaves e encorajadoras palavras, penso que depois de estarmos a conversar duas horas ela ficou mais bem disposta e regressou a sua casa mais confiante, embora eu saiba que isso não passará sem ela reflectir muito e sair de casa olhando o Mundo de maneira diferente.
Cheguei a casa já passava das 13.30 minutos com as compras, tinha alguém á minha espera o meu irmão mais novo, outra pessoa perturbada com a crise Nacional, os seus negócios não vão de boa maré, mas isto é global e não só particularmente dele.
Mas ainda por cima não está a conseguir assimilar o período e está a entrar em decadência psicológica, sem vontade de lutar, levando o seu trabalho ao desleixamento e desinteresse total, as dividas acumulam sem tentar encontrar uma solução, tem algum património que desvalorizou imenso e isso afectou-o de tal forma que está muito perturbado.
Lá entro eu, dizendo que o Mundo de negócios é assim mesmo, cheio de altos e baixos, que as situações alteram-se constantemente, que é inteligente, trabalhador, honesto e bem reconhecido no seu meio social, tendo imensos conhecimentos e amigos influentes no ramo e na sociedade,
Isto tudo foi sendo dito enquanto eu preparava o almoço para nós os dois, almoçamos e depois destas palavras e muitas mais, já almoça dos, fui ajudá-lo num dos escritórios dele e continuei a tentar anima-lo, dei-lhe duas opiniões de rumos a tomar e penso que na quarta-feira vai optar por uma delas, fiquei convicto que se ele conseguir, irá ficar mais aliviado, com tudo isto passou o tempo e decidi convidá-lo para jantar também na minha casa que era relativamente perto de onde estávamos, foi o que sucedeu e mais animado lá foi para sua casa.
Por fim recebi uma notícia que acabou com as minhas ilusões de foro íntimo, algo que por acaso eu já esperava que acontece-se e estava mentalizado para esse desenrolar ou desfecho, foi agradavelmente tratado e muito bem aceite, as distancias por vezes são enormes mesmo para quem pense que não.
Nada mesmo se tinha formalizado, estou contente por ninguém sair magoado ou lesado.
A vida como eu digo é bela demais para se ficar parado a sofrer por algo que não valeu a pena no passado, o presente é para se viver alegremente tentando evitar os precipícios e o futuro sonha-se com um sorriso de encontrar a estabilidade emocional, económica e social.
E vejam no que deu o meu lindo, maravilhoso e sonhado dia de Sábado.
O Domingo foi passado ás escuras num profundo e confortante relaxamento.

"Por sua culpa"

É por sua culpaque faço este poema.
Os dias tornaram-se longos,
as saudades fizeram-se constastes,
as amizades esvaziam-se em solidão,
a paz transmuta-se em angústia.
Estou recluso entre quatro paredes,
minha liberdade detém-se em uma prisão.
É por sua culpa que faço este poema.
Já nem sinto as noites;
eu me enveneno na distância
que divorcia nossas mãos.
Eu me alimento de sonhos,
porque neles me encontro
revivendo os nossos dias,
e dentro dos meus sonhos
me farto de alegrias.
Foi por sua culpa
que fiz este poema.
Daniel Rêgo Barros Júnior
Bem espero não ter maçado, mas como estava só como quase sempre todas as noites apeteceu-me contar isto, fiquem bem pessoal e lembrem-se vivam não vegetem.