sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

OUTRO DIA, QUE ERA BELO SEM o…

Senão:
Se existem dias de sorte hoje não é um deles de certeza, como já tenho dito atrás, não sou muito de me queixar ou se digo algo que não aconteceu conforme os meus desejos, isso deve-se sempre a mim, por minha causa ou motivado por terceiros a culpa imputo sempre a mim por permitir o sucedido.
Mas hoje o caso torna uma proporção diferente de todas as normalidades deste rapaz.
Se não reparem nisto: Alem do que faço normalmente, eu tenho possibilidades de efectuar certos trabalhos que me são pagos por meio de comissões, nestes trabalhos eu empenho-me com a mesma responsabilidade característica da minha pessoa, o que quer dizer que gosto de profissionalismo e com bastante perfeição para que não existam motivos de algo correr mal.
Embora esteja sujeito a terceiro no que respeita a entregas, o desaparecimento de qualquer material documental ou produtos no transporte destes recai sobre mim pois eu sou o contacto dos meus clientes, logo sou eu que vou descobrir o que sucedeu em caso de algum erro.
E o que sucedeu foi mais ou menos isto.
Depois de eu ter completado um relatório sobre um orçamento de artigos publicitários para uma empresa, teria de enviar amostras dos produtos em causa, já com a devida publicidade, este processo de envio foi efectuado nos Correios de Portugal, espaço ao qual me desloquei para proceder ao envio registado da encomenda, segundo declarado pelos funcionários esta deveria chegar ao destinatário no período da tarde do dia seguinte, até aqui tudo bem, mas, depois de três dias recebo um telefonema do empresário a declarar que a encomenda nunca mais chegava ao seu espaço.
Depois de eu como sempre muito responsável e o Sr. em causa duvida-se da minha palavra eu enviei um fax do respectivo registo da encomenda, onde constavam todos os dados bem explícitos e correctos, pois ele tinha-me sido apresentado há pouco tempo por um amigo comum, portanto pouco conhece a minha pessoa.
Resultado com o dito registo, desloquei-me aos Correios, local onde esperei quinze minutos para ser atendido, explicando o sucedido a Sra. procedeu de forma a conseguir-se o trajecto da encomenda recorrendo do registo e da morada certa, procurou, procurou, chamou alguém para a ajudar, ficaram as duas a olharem para o computador, eu perguntei o que se passava e ela respondeu, “Desculpe, só um minuto”, ora com ela já estava faziam vinte e cindo minutos.
Depois as duas decidiram sair juntas sem me darem nenhuma explicação, fiquei pasmado a olhar, encolhendo os ombros, fiquei á espera mais trinta minutos, até que chegou acompanhada com um senhor que se me dirigiu dizendo "Acompanhe-me", lá fui eu sem nada saber, até que nos sentamos num gabinete e o dito cujo começa por dizer.
- Por motivos ainda impossíveis de esclarecer o Sr. vai ter de preencher estes papéis e aguardar até sessenta dias, caso não apareça a encomenda será reembolsado no montante da mercadoria perdida.
Ora depois desta resposta, a minha pessoa pacifica ia quase sendo alterada, mas em segundos reflecti e disse muito suavemente ao dito cujo; “Obrigado desculpe o incómodo”, ele se for inteligente percebeu o que eu desejei dizer.
Sai calmamente e disse a mim mesmo, para quê aborrecer-me se tenho de voltar a fazer tudo de novo, reclamar os documentos e as amostras como, os documentos tenho cópias e as amostras custam vinte euros, o meu trabalho não o pagariam, mais vale esquecer e apanhar um ar livre da rua para me alegrar.
A credibilidade dos serviços dos CTT, teve uma grande descida na minha cota de boa servidora estatal.
Voltando á vida que adoro, tinha de comer e a vontade era pouca para cozinhar, assim sendo, prático, mais prático só salsichas, ovo estrelado e batatas fritas, uma salada de fruta (pêra, maça e banana).
Mas tive depois um sossegado café.

Debrucei-me à janela do passado.
Descortinei ao longe , lado a lado,
Momentos bons e maus por que passei.
Revi algumas horas de amargura,
Reduzidas a nada p’la ternura,
De amigos que não mais esquecerei!

Eu vi braços abertos me aguardando.
Mil lenços coloridos me acenando,
ao som de uma suave melodia.
Do céu, caíam pétalas de rosas.
Ensaiando um bailado... graciosas,
no meu palco de sonho e fantasia!

Olhei o firmamento constelado.
E vi o meu futuro iluminado,
de bênçãos, de carinho, muito amor.
Arredado de mim tinha ficado:
Toda a má influência do passado,
que dera tristeza e tanta dor!

Senti a brisa fresca no meu rosto.
Senti na minha boca um doce gosto,
Como se fosse um beijo delicado.
Senti o peito arfando de alegria.
E tal como num truque de magia...
Tinha a felicidade do meu lado!

Senti um forte abraço me apertando.
E alguém ao meu ouvido sussurrando:
Não mais estarás só nesta jornada.
Fechei minha janela com cuidado.
E rabisquei no vidro embaciado:
A vida sem amigos não é nada!
Autor: Alfredo dos Santos Mendes
Foi mais um dia diferentíssimo na minha humilde vida, desejos de situações maravilhosas e que contenham alegria para vocês.

4 comentários:

Paula disse...

Olá boa tarde,
Pois é.... Até os CTT perdem a correspondência:)
Beijos e um belo fim-de-semana,
Paula

Unknown disse...

Portugal no seu melhor...Já nem nos CTT se pode confiar!
Uma boa semana

Ana Clara disse...

«Alguem que por motivos de timidez não consegue declarar o que sente sem ser por escrito».
A escrita é das melhores coisas que há na vida. Por isso escrever é um prazer mesmo para os que sao mais tímidos.

FERNANDINHA & POEMAS disse...

QUERIDO MIGUEL, SEM DÚVIDA TIVESTE MUITA CALMA... DEPOIS DO CAGFÉ UM BELO POEMA QUE EU ADOREI... BEIJINHOS DE CARINHO E TERNURA,
FERNANDINHA